Vamos a la playa... ô, ô, ô, ô, ô!!!
E no final do dia, Rica me manda uma mensagem perguntando se, no dia seguinte, eu queria ir à praia, na casa de uns amigos. Não pensei nem um minuto e já respondi: sim, vamos!!! Quem me conhece sabe que eu adoro praia, sol, verão, piscina. Já faz algum tempo que a gente não vai, pura falta de tempo. Mas eu adoraria ir mais vezes sim.
A primeira coisa que fiz foi ligar para o pediatra e perguntar um montão de coisas, entre elas qual protetor solar passar no Rafa, se ele podia mesmo ir, pois estava tossindo um pouco, se podia entrar na piscina, se a serra ou o tempo da viagem o incomodariam muito. Ele me indicou o Anthelios Fator 60 da La Roche - Posay (eu gosto muito dessa marca e uso, inclusive), para passar a cada hora no corpo todo. Disse que podíamos ir sem problemas, que a tosse do Rafa podia até melhorar por causa da umidade maior na praia. Piscina podia e a serra e o tempo da viagem variavam muito de bebê para bebê, que só fazendo o teste para saber.
Fiquei super animada em fazer um passeio diferente com ele, com a família, com os amigos. O Rica gosta muito de encontrar os amigos, fazer churrasco, beber e jogar conversa fora e já fazia um tempão que a gente não encontrava oportunidade para isso. Só que aí, à noite, nosso pequenino teve febre de novo... :( Medicamos, ele dormiu até que bem e, no dia seguinte, acordou sem febre e assim ficou até depois do almoço. Como eu tinha que resolver algumas coisas na parte da manhã, decidimos que se ele ainda estivesse febril, claro que não iríamos. Mas que se estivesse bem, arrumaríamos as coisas (e quanta coisa! Banheira portátil, roupinha de frio, de calor, vários paninhos, toalhas, mantinhas, carrinho, berço portátil, mamadeiras, papinhas congeladas, frutas, leite, potinhos, colherzinhas, babadores, mini farmácia com todos os remédios, fraldas, pomadas, lenços umedecidos, brinquedinhos, ufa! E acho que levamos mais coisas que estou me esquecendo) e pé na estrada.
Foi o que fizemos, e o Rafa dormiu quase a viagem toda, que durou cerca de 1h30. Acordou quando estávamos quase chegando lá, super bonzinho, um anjinho. Aqui em SP estava um calor de rachar a cuca e, por incrível que pareça, lá estava até bem fresquinho. Não achei ruim, não, pois muito sol pro Rafa seria ruim. Melhor um tempo meio nublado mesmo, um calorzinho, sem muito sol. Só que pra minha tristeza, a febre voltou e ele não conseguiu aproveitar nosso passeio como a gente esperava e tinha planejado. Nada de piscina, de sol. Ficamos brincando na sombra, passeamos pelo condomínio, ele comeu bem as frutas, mais ou menos as papinhas, tomou água e mamou bem. Só que a tosse continuava nos incomodando.
À noite dormiu, mas acordou algumas vezes, pois o nariz entupia e o incomodava. Acordou pela manhã sem febre, mas à tarde ela voltou. Apesar disso, ele brincou bastante e comeu bem. Fiquei triste porque nossa primeira vez na praia não teve areia, nem mar, nem piscina. Claro que outras muitas oportunidades virão, mas vê-lo com febre tantas vezes assim é muito ruim.
Nossa volta para SP foi mais cansativa e demorou cerca de 3h. Mas, apesar disso, nosso anjinho se comportou super bem, é um príncipe! À noite, continuou com tosse e também não dormiu tão bem. Resolvi levá-lo ao pediatra na segunda-feira, e para nossa surpresa: bronquiolite! Mais uma vez, doentinho. É uma das variações do resfriado, uma inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada pelo vírus, agravada pelo acúmulo de muco, dificultando a passagem do ar e causando sintomas parecidos com os da asma.
O que fazer? O pediatra receitou antibiótico (sim, com 8 meses, Rafinha tomou antibiótico, mas, como disse o médico, melhor isso a internação, certo?), broncodilatador muito líquido e inalação com soro fisiológico. Ele está melhor, graças a Deus, tossindo menos e respirando bem. Ficamos em casa 3 dias, a febre não voltou (a febre era por causa disso), ele se alimentou bem e brincou, mas já voltou à escolinha, onde, em contato com outras crianças, é muito difícil controlar o contágio e a disseminação do vírus.
Rica e eu estamos enfrentando melhor esses episódios de febres, viroses, resfriados, doenças, sem nos desesperarmos tanto. Mas estamos longe de aceitar bem tudo isso! Continuo olhando pro Rafa e achando-o pequeno demais para passar por essas situações... e sofremos junto, sempre. Continuo admirando sua força e coragem, a maneira como reage a cada enfermidade. Ele não faz muita manha, não fica tão choroso e nem tão chatinho como achei que ficaria. E a gente se enche de orgulho por ser tão forte!
Preferia um milhão de vezes arrancar dele a dor a vê-lo doente, mas claro que a vida é assim e faz parte dela passar por isso. Eu passei, todos passam... Nunca dei a mínima e também nem tinha pensado mais do que 5 minutos sobre esse assunto, mas agora que sou mãe é tão diferente! Agradeço a Deus poder acompanhá-lo e estar ao seu lado também nesses momentos, protegendo-o e acolhendo-o. Não posso fazer a dor sumir, mas posso continuar dando-lhe o meu amor e o meu colo sempre que precisar.
Então... esse passeio à praia não valeu! rs Da próxima vez, espero contar uma história bem legal! :)