Mudança de casa com 38 semanas de gravidez

Quando ficamos sabendo que estávamos grávidos, decidimos também que nos mudaríamos de apartamento, para um que fosse um pouquinho maior. Assim, começamos a pensar e a planejar o quarto do bebê, a sala nova, a cozinha, a área da churrasqueira, etc. Casa nova dá ânimo, faz com que a gente pense em vários detalhes, em como realmente queremos que ela seja, e nos esforçamos para que fique com a nossa cara, o nosso jeito.

Só que casa nova também dá a maior dor de cabeça do mundo, porque envolve muita gente: arquiteto, pedreiro, eletricista, gesseiro, etc. E é impressionante como cada um desses fornecedores acha que tem mais direito de atrasar do que o outro! rs Bom, resumindo, a data da nossa mudança era dezembro de 2013, eu estaria com 7 meses. Não é a época ideal, sabemos disso, mas ainda daria tempo de ajeitar tudo direitinho pra chegada do Rafinha. Mas... como nessa vida a gente nunca termina uma obra (a gente simplesmente abandona, porque fica com raiva! rs), o atraso foi tão grande que, se não fosse o Rica ficar janeiro inteirinho indo lá todos os dias para apressá-los, não conseguiríamos nos mudar antes do Rafa nascer (exatamente 2 dias antes).

Todos se lembram do calor que fez em dezembro/2013 e janeiro/2014... e a gente lá, encaixotando nossas coisinhas, cobrindo com plástico bolha, arrumando e empilhando tudo em um dos quartos do antigo apartamento, porque não podíamos levar pro novo, que não estava nem perto de ficar pronto. Eu, com aquele barrigão, não podia fazer muito esforço... mas colocava a caixa no chão, cortava vários pedaços de plástico bolha e ia empacotando tudo que conseguia, no meu ritmo, devagar para não me cansar muito. Quando a caixa enchia, o Rica a fechava e a empilhava no quarto, porque eu não podia pegar peso. E assim foi, até não ter mais coisas que eu conseguisse embalar, que não exigissem tanto de mim.

No dia 9 de fevereiro, domingo, peguei algumas coisinhas e fui para a casa da minha mãe, porque o Rica precisava terminar de fazer nossa mudança, inclusive dos móveis grandes, e ficaríamos sem cama, geladeira, etc. E daí, nessa etapa, ele fez tudo sozinho... e desembalou muita coisa no novo apartamento com a ajuda dos pais dele. Na segunda, terça e quarta ele ajeitou o que pôde, abriu muitas caixas, limpou chão e móveis e, na quarta à noite foi nossa primeira noite juntos por lá. No dia seguinte, quinta-feira, ele foi trabalhar e eu fiquei sozinha, vendo aquele monte de caixas que ainda precisavam ser desfeitas... a geladeira nova chegou e achei que precisava limpá-la antes de usá-la. Passei panos no chão, nos móveis, porque a quantidade de poeira era enorme, por causa da pós obra. Até que a noite chegou e eu estava exausta!!! Lembro que à tarde coloquei um seriado na TV e vi 6 episódios, só queria ficar deitada. Passei a mão na minha barriga e pensei: Rafinha vai nascer hj!

À noite, Rica levou nosso jantar, eu comi e deitei no sofá. A partir daí, conto no post sobre parto o que aconteceu. Minha bolsa estourou e entrei em trabalho de parto. Rafinha não nasceu naquele dia, mas na sexta pela manhã.

Se a gente pudesse ter escolhido, com certeza teríamos nos mudado antes, em dezembro, como planejado, ou até antes, se fosse possível. Mas já sabemos que nessa vida pouca coisa a gente escolhe de verdade e muitas vezes as coisas não acontecem como planejamos, temos que lidar com os imprevistos. Foi muito cansativo e estressante, principalmente porque a casa estava de cabeça para baixo e o Rafinha era muito pequeno. O que fizemos? Fizemos tudo o que pudemos para deixá-lo confortável, na medida do possível. E as coisas de casa eu ia fazendo quando dava e se dava tempo.

O Rafa já tem 8 meses e ainda não colocamos espelho nos banheiros, nem o papel de parede, nem compramos o banco da mesa da churrasqueira. Também não tivemos tempo de fazer os reparos de obra que estão faltando. E ok, estamos muito bem, obrigada! rs Mas como já passou da hora, vamos recomeçar a pensar nesses detalhes para deixar o apartamento mais decorado e finalmente pronto. :)