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A escolha da escolinha e a adaptação

Com o fim da licença maternidade e o retorno ao trabalho, cabe aos pais decidirem onde o bebê vai ficar. Há quem opte por deixar com uma babá ou com alguém da família (titia, vovó), mas a nossa opção desde sempre foi deixar o Rafinha na escola. Independente dos motivos que nos levaram a decidir assim, o mais importante é estarmos tranquilos com essa escolha, que nem sempre é fácil. Vale seguir nossos corações e termos certeza de que estamos fazendo o nosso melhor como pais.

Então, cerca de 2 meses antes de retornar ao meu trabalho, começamos a pesquisar escolinhas. O que levamos em consideração? Entre outras coisas:

- local: perto para mim e para o Rica, porque se eu não puder atender a um chamado inesperado, ele poderá;

- preço: tem que caber no orçamento;

- opinião do pediatra: tem que ser um lugar bastante arejado no qual a gente se sinta bem acolhido;

- estrutura: para as crianças brincarem, espaço da alimentação, local da soneca, área externa para diversão;

- aulas extras: no caso da idade do Rafa, tem música e estimulação corporal com psicomotricista;

- higiene: local do banho e das trocas, limpeza com a alimentação;

- cuidadoras/professoras: número de bebês para cada cuidadora (até 3, no máximo, é o indicado);

- carinho com as crianças;

- indicação de amigos (a nossa foi super bem indicada por uma amiga);

- metodologia de acordo com o que acreditamos.

Visitamos algumas escolas, gostamos bastante e decidimos. Feito isso, agendamos a adaptação, que é o período em que o bebê começa a frequentar a escolinha em horário bem reduzido, no começo, para se familiarizar com a nova rotina que o espera. Aos poucos, vai aumentando essa carga horária e vai fazendo as atividades que os outros coleguinhas já fazem, como a soneca, o banho, a alimentação. No início, a mamãe pode ficar junto, mas depois, é recomendado que ela se afaste para que ele perceba que a nova rotina será um pouco diferente, mas que no final do dia, mamãe estará lá para pegá-lo.

Foi muito difícil pra mim, pois o Rafa passava por um período em que estranhava todas as pessoas e todos os lugares, chorava demais. Então, durante as 2 semanas da nossa adaptação, posso dizer que ele chorou todos os dias. Não era um chorinho, ele chorava MUITO! Nos primeiros dias, ficava lá com ele, tentando brincar junto, mas ele não estava muito feliz. Depois, achei melhor deixá-lo no seu novo espaço e esperar lá embaixo. Ficava lá ouvindo seu choro desesperado e chorando também. Dizem que essa adaptação é mais para as mamães do que para os pequenos... pode ser que sim, pois sofri bastante. Foram quase 7 meses grudadinhos e, um dia, tivemos que nos separar, não tem como não sofrer, né? Era quarta-feira e eu retornaria ao trabalho na próxima segunda. Achei melhor dar uma volta, já que dizem que longe dos olhos (no meu caso, dos meus ouvidos), longe do coração. Quando voltei, depois de 2 horas, ele veio no colo da cuidadora tranquilo, sem chorar. Seus olhinhos estavam inchados, provavelmente chorou muito, mas naquela hora estava calmo e isso me deixou feliz. Aos poucos ele estava se acostumando e, como diz o pediatra, isso não traumatiza ninguém! rs

Na quinta e na sexta fiz a mesma coisa: fui ao shopping, fiz compras para mim, cortei o cabelo, fiz massagem... e voltei para pegar meu bebê, que vinha no colo da cuidadora tranquilo, sem chorar, calminho. E quando me via, abria o sorriso mais incrível do mundo, me fazendo chorar de alegria! E assim começamos bem a semana em que ele finalmente ficaria lá o período integral, com nossos corações mais calmos, sabendo que todos os dias nosso reencontro seria daquele mesmo jeitinho, com um sorrisão no rosto e um abraço bem apertado. Sim, até hoje é desse mesmo jeitinho, todos os dias.

E até hoje eu me emociono quando vou buscá-lo. Não tem explicação, mas posso dizer que ficar todos os dias, durante quase 7 meses, só nos dois juntinhos, deve ter alguma influência nisso! rs :)


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